Salve, Buteco! Os 15 minutos iniciais me passaram a impressão de que o Flamengo construiria o placar com tranquilidade. Forte pressão sobre a saída de bola do time do Vitória, que ficou imprensado em sua intermediária sem sequer alcançar a linha divisória. O jogo era construído pelos lados e da escalação fiquei com a impressão de que SuperFili quis colocar em campo um time técnico, que soubesse achar espaços em uma defesa compactada em torno de suas linhas baixas.
Em nível de construção, a formação funcionou, ao menos no terço inicial do primeiro tempo. Duas boas chances foram criadas. Na primeira, o goleiro Lucas Arcanjo praticou ótima defesa na finalização de Gérson. Na segunda, Cebolinha perdeu um gol inacreditável, errando um cabeceio dentro da grande área, com os dois pés firmes no chão. Lance de fundamento, inacreditavelmente desperdiçado.
Diminuída a intensidade, o futebol de toquinhos improdutivos voltou a aparecer, mas nem assim o Vitória conseguiu criar alguma coisa. Ao menos neutralizar o anfitrião o Flamengo conseguia. E foi só voltar a acelerar o jogo que duas outras chances foram criadas, ambas desperdiçadas por Juninho.
A primeira, nascida de uma bola bem esticada por Alex Sandro, não condiz com a técnica exigida de um jogador de futebol profissional do Flamengo; a segunda foi um reencontro do nosso novo centroavante com a trave. Esse relacionamento precisa acabar de uma vez por todas, já que é tóxico tanto para o nosso jogador, como para a torcida.
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Comentava com amigos durante o intervalo que Arrascaeta pode ainda não ter voltado ser o jogador de outrora, mas achei que no Fla-Flu da finalíssima do Estadual e no primeiro tempo no Barradão já era possível enxergar um jogador que ao menos estava no ritmo da partida e conseguia encontrar os espaços dentro de campo.
Dito e feito.
SuperFili mexeu no time, provavelmente por controle de minutagem. O meio foi desaparecendo à medida em que os pontas adentravam o gramado. Talvez a intenção fosse explorar o inevitável avanço do Vitória em busca do empate por via de contra-ataques ou, no tatiquês da atualidade, em transições rápidas para quebrar as linhas adversárias.
O certo é que o Vitória, que contratou cerca de dez atacantes recentemente, a maioria bastante experientes em clubes de menor investimento na Série A e outros até com passagens por clubes grandes, veio para cima.
É bem verdade que não estava nos planos o desvio em nossa zaga que propiciou o empate ao rubro-negro baiano. Só que o futebol é assim, tal como a vida. Jamais será 100% previsível ou muito menos controlável. É importante pensar duas vezes antes de abaixar as linhas...
A partir do empate, o jogo ficou aberto e, um pouco depois de outra finalização do Vitória, dessa vez para a defesa de Rossi, quando Alex Sandro (segunda ótima partida em sequência) deu um tapa despretensioso para Luiz Araújo, pela ponta esquerda, não parecia que a jogada terminaria em gol.
Ocorre que o Camisa 7 encontrou uma avenida do lado direito da defesa do Vitória e avançou até cruzar na medida para o ídolo Bruno Henrique, que ensaia grande temporada, colocar o Rubro-Negro Autêntico novamente em vantagem no placar.
Os baianos pagaram o preço da ousadia e, sejamos justos, talvez tenha sido esse o cenário que SuperFili idealizou com as substituições, mas só foi concretizado após a perda da vantagem inicial no placar.
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A vida segue, estimados Amigos do Buteco, e agora é só maratona. Voltaremos a nos falar na quarta-feira, dia de estreia no Maracanã pela Libertadores, contra o Central Córdoba, da Argentina.
Hoje, a Nação dormirá feliz, coisa que sempre acontece quando o Mengão vence, ainda mais quando os ídolos decidem.
A palavra está com vocês.
Uma ótima semana pra gente.
Bom dia e SRN a tod@s.