segunda-feira, 5 de maio de 2025

A Bola Pune

 

Salve, Buteco! Bem, deu para ver que a coisa andaria mal quando a estratégia do (bom) treinador do Cruzeiro, Leonardo Jardim, de pressionar a posse de bola com De la Cruz, implementada desde o início da partida, resultou na abertura do placar para os anfitriões.

Decidi iniciar o post de hoje com uma abordagem tática de maneira bem objetiva, com comentários de amigos que entendem de futebol e eu respeito muito:

"E vou encerrar só com mais uma coisa. Filipe tá vivendo de jogos contra times bagunçados. Quando pega alguém mais organizado, sofre. Vitória, Inter, o time argentino... Até o possante Belo da Paraíba. Todo jogo é uma foda. Aí pega uma baba sem técnico, dá 4-0 e rumo a Tóquio." (Adriano Melo; WhatsApp)

"Ele não esta mais preparando o time jogo a jogo como fazia 

Isso está claro

Ele quer se impor, mas não temos essa superioridade toda"  (Bitt; Ficha Técnica de ontem)

Ao último comentário respondi que a derrota para o Central Córdoba passa justamente por essa falta de preparação e montagem de estratégia individualizada de acordo com o adversário.

O Departamento de Futebol atual tem um diretor técnico. É preciso checar se a decisão de tentar impor a filosofia de jogo em vez de se adaptar a determinados adversários parte do treinador ou é orientação do diretor técnico.

É apenas uma elucubração, a qual, convenhamos, é no mínimo intrigante se analisarmos detalhadamente algumas decisões do treinador:

Jogo que ensina lições ao Flamengo, em especial ao técnico Filipe Luís, que optou por não subir o bloco por encaixes, que escolheu o lado esquerdo pro time avançar, quando claramente havia muito mais vantagem do lado direito e que foi infeliz nas substituições. É claro que não tá só na conta do treinador. O jogo é dos jogadores e hoje no Mineirão alguns atletas do Flamengo estavam numa noite bastante infeliz. Ademais, tem um adversário do outro lado e o Cruzeiro fez uma ótima partida. Destaque pro técnico Leonardo Jardim, que soube explorar as costas do Wesley como nenhum outro havia feito num recorte recente.
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Independentemente disso, há problemas no sistema e na leitura de jogo, o que só pode ser atribuído ao nosso dublê de ídolo e entregador de coletes. 

No primeiro caso, o time joga bem quando exerce máxima pressão ou quando realmente abaixa as linhas e se protege defensivamente. Nessas condições, quando menos, é seguro e, na maioria das vezes, minimamente eficiente. Ao contrário, quando precisa jogar "à meia pressão", torna-se vulnerável. Aconteceu ontem, no Mineirão, no meio para o final das duas etapas.

No segundo caso, tanto o timing, quanto algumas opções durante as substituições são difíceis de entender. Ontem, por exemplo, as duas primeiras (Bruno Henrique e Michael), dois jogadores velozes, é verdade, mas ambos em má-fase, resultaram em mexidas absolutamente ineficazes, como, aliás, toda a torcida previu. Além disso, com o Cruzeiro amassando o Flamengo, SuperFili demorou muito para mexer e colocar no jogo Varela, Luiz Araújo e Juninho.

Rossi foi o destaque do time, mais até do que Arrascaeta, apesar do golaço. Inclusive foi bem no pênalti, apesar de ter faltado sorte no rebote. Sintomático. 

Não acho que estejamos diante um cenário de terra arrasada (Jason está apenas observando, das sombras), mas alguns problemas vêm se repetindo e é hora do senhor José Boto e de Filipe Luís atacarem as causas, quem sabe com maior equilíbrio entre o conceito e as exigências da realidade prática.

É bacana o treinador ser leal ao seu elenco e tentar recuperar jogadores, como é importante trabalhar um conceito e tentar aplicá-lo na prática. Antes, porém, existe o vencer, vencer, vencer; o compromisso com a vitória. 

E SuperFili, meu caríssimo, não, o jogo não foi igual, definitivamente. Se Cássio praticou duas grandes defesas, Rossi precisou fazer bem mais do que isso. Às vezes é melhor não falar nada. O silêncio pode ser uma sábia estratégia. É bobagem também ficar batendo em analistas táticos, que agora estão deitando e rolando e cima de você.

A bola pune qualquer vacilo. Quem é soberbo, quem fala demais, quem não quer enxergar a realidade...

Quarta-feira é jogo grande. Daqueles que separam os homens dos meninos. Vale para dirigente, treinador e jogador.

A palavra está com vocês.

Uma semana abençoada pra gente.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 4 de maio de 2025

Cruzeiro x Flamengo

      

Campeonato Brasileiro/2025 - Série A - 7ª Rodada

Domingo, 4 de Maio de 2025, as 18:30h (USA/ET 17:30h), no Estádio Governador Magalhães Pinto ou "Mineirão", em Belo Horizonte/MG.

Cruzeiro: Cássio; Fagner, Fabrício Bruno, Lucas Villalba e Kaiki; Lucas Romero, Lucas Silva, Christian e Matheus Pereira; Wanderson e Kaio Jorge. Técnico: Leonardo Jardim.

FLAMENGORossiWesleyLéOrtiz, LéPereira e AyrtoLucas; Pulgar, DlCruz, GérsoArrascaetaPedrCebolinhaTécnicoFilipe Luís Kasmirski.

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (FIFA/GO), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Bruno Raphael Pires (FIFA/GO) e Maíra Mastella Moreira (FIFA/RS). Quarto Árbitro: Luiz Augusto Silveira Tisne (AB/SC). Árbitro de Vídeo (VAR): Wagner Reway (VAR-FIFA/ES). Assistentes VAR (AVAR) 1 e 2:  Johnny Barros de Oliveira (AB/SC) e Dyorgenes José Padovani de Andrade (AB/ES)Observador de VAR: Rodrigo Pereira Joia (CBF/RJ). Assessor: Kléber Lúcio Gil (CBF/SC). Quality Manager: Larissa Ramos Monteiro (CBF/RJ). Delegado Local: Helber Gurgel Carneiro (FD/MG).

Transmissão: Record (TV aberta), Cazé (YouTube)Premiere (sistema pay-per-view). 

sábado, 3 de maio de 2025

Esquenta: Cruzeiro x Flamengo, pela 7ª Rodada do Campeonato Brasileiro/2025

 

Salve, Buteco! A torcida do Flamengo está ansiosa pela revanche contra o Central Córdoba em Santiago del Estero, pela 4ª Rodada do Grupo C da Copa Libertadores da América; contudo, antes disso tem um confronto tão ou mais difícil no domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela 7ª Rodada do Campeonato Brasileiro. Engana-se quem pensa que o Mais Querido terá vida fácil.

É notório Flamengo não perde para o Cruzeiro desde a fatídica noite de 8 de agosto de 2018, quando a Raposa de Giorgian Arrascaeta venceu por 2x0 no Maracanã o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores da América daquele ano. O Mais Querido ainda venceria o jogo pelo Campeonato Brasileiro, 4 dias depois, por 1x0, e, 17 dias depois, também o jogo de volta das oitavas da Libertadores pelo mesmo placar (1x0) no Mineirão, resultado, todavia, que o eliminou da competição pelo saldo de gols.

De lá para cá, sempre pelo Campeonato Brasileiro, o Flamengo venceu outros 8 dos 9 jogos disputados, cinco deles como visitante. Houve apenas um empate (1x1), no Maracanã, pelo Brasileiro/2023, na volta da Raposa à elite do futebol brasileiro, após 3 anos na Série B (2020/2022), já com SAF adquirida pelo ex-craque Ronaldo Fenômeno.

Mas como eu ia dizendo, engana-se redondamente quem acha que o Mais Querido terá vida fácil. Alguém por acaso assistiu a Cruzeiro 3x0 Bahia há cerca de duas semanas, pela 4ª Rodada? Sim, aquele mesmo Bahia que venceu o Palmeiras na Allianz Arena no último domingo...

Para começar, não dá para comparar o Mineirão com o Parque do Sabiá, onde o Cabuloso venceu apertado o Vasco da Gama na última rodada. Na Pampulha a Raposa sempre está em seu habitat natural e se vale da natural atmosfera de apoio contra seus adversários.

Além disso, o (bom) treinador Leonardo Jardim recebeu apoio do proprietário da SAF Cruzeiro para implementar todas as medidas necessárias para dar competitividade ao milionário elenco azul celeste. A goleada sobre o Bahia mostrou que o trabalho está no caminho certo.

Jardim barrou medalhões e apostou no jovem Kaio Jorge no comando de ataque para formar uma equipe mais competitiva dentro dos padrões atuais do futebol mundial, ou seja, com a intensidade que se vê em cada vez mais cenários nos quais o velho esporte bretão é disputado, não importa em que canto do planeta. 

E o time celeste está, de fato, jogando com muito mais intensidade. Aquela equipe de futebol geriátrico, com três semiaposentados jogando na frente, já é assunto do passado. Graças ao trabalho do português, o Cruzeiro agora é, quando menos, um mandante muito forte, especialmente no gramado do Mineirão.

Característica que, por sinal, faz jus a sua História.

O Cabuloso é, quase tanto quanto Flamengo e o Santos, um clube com vocação ofensiva, cujas maiores glórias foram conquistadas por times que jogavam para a frente, muitos deles memoráveis.

Em busca de energias positivas, vamos nos lembrar de vitórias rubro-negras no Mineirão (e a mais recente no Independência) contra o Maior de Minas pelo Brasileirão:

11/11/1990 - Cruzeiro 1x2 Flamengo (Nélio, Fernando)

18/9/1993 - Cruzeiro 1x2 Flamengo (Rogério e Marcelinho Carioca)


8/11/2001 - Cruzeiro 0x1 Flamengo (Roma)


15/6/2016 - Cruzeiro 0x1 Flamengo (Réver)



25/11/2018 - Cruzeiro 0x2 Flamengo (Everton Ribeiro, 2 gols)

21/9/2019 - Cruzeiro 1x2 Flamengo (Gabigol e Arrascaeta)


19/10/2023 - Cruzeiro 0x2 Flameng(Ayrton Lucas e Pedro)


6/11/2024 - Cruzeiro 0x1 Flamengo (David Luiz - Estádio Independência)


O Flamengo não tera moleza amanhã, Senhoras e Senhores, inclusive porque não é estatisticamente comum engatar cinco vitórias consecutivas como visitante contra um adversário dessa tradição, quanto mais seis. Ainda assim, a vitória é possível, inclusive porque deveremos ter força máxima dentro de campo.

O Ficha Técnica subirá ao raiar do sol e a palavra, como sempre, está com vocês.

Bom FDS e SRN a tod@s.